quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

PROFECIA HOPI.

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A extraordinária profecia Hopi que se segue foi primeiramente publicada num manuscrito mimeografado que circulou entre diversas igrejas Metodistas e Presbiterianas norte-americanas em 1959. Algumas das profecias foram publicadas em 1963 por Frank Waters em The Book of the Hopi. O relato começava descrevendo como, quando dirigia através de uma rodovia no deserto em um dia quente do verão de 1958, um sacerdote chamado David Young parou para oferecer uma carona a um ancião índio, que aceitou com um aceno. Após viajar em silêncio por vários minutos, o índio disse:

"Eu sou Pena Branca, um Hopi do antigo Clã Urso. Em minha longa existência eu pude viajar através deste mundo, buscando por meus irmãos, e aprendendo deles muitas coisas plenas de sabedoria. Eu segui pelas trilhas sagradas de meu povo, que vive nas matas e nos muitos lagos do leste, na terra do gelo e das longas noites no norte, e nos lugares dos sagrados altares de pedra construídos muitos anos atrás pelos ancestrais de meus irmãos no sul. De todos estes eu escutei as histórias do passado, e as profecias do futuro. Hoje, muitas das profecias viraram história, e poucas restam por acontecer - o passado se torna longo, e o futuro se torna curto.

"E agora Pena Branca está morrendo. Todos os seus filhos congraçaram com seus ancestrais, e logo ele também deve estar junto a estes. Mas não sobrou ninguém, ninguém para declamar e passar adiante a antiga sabedoria. Meu povo se cansou dos velhos costumes - as grandes cerimônias que contavam de suas origens, de seu despertar para o Quarto Mundo, tudo foi abandonado, esquecido, mesmo havendo chegado a ser recontado. O tempo se tornou curto.

"Meu povo aguarda por Pahana, o Irmão Branco desaparecido, [lá das estrelas] assim como todos nossos irmãos neste mundo. Ele não será como o homem branco que conhecemos agora, que são cruéis e ambiciosos. Nós falamos de sua vinda há muito tempo. Mas ainda aguardamos por Pahana.

"Ele trará consigo os símbolos, e a peça faltante dessa mensagem sagrada que agora é guardada pelos anciãos, e que nos foi dado quando ele partiu, o qual o poderá identificar como nosso Verdadeiro Irmão Branco.

"O Quarto Mundo deve terminar em breve, e o Quinto Mundo terá início. Isto todos os anciãos em toda a parte sabem. Os Sinais ao longo de muitos anos estiveram sendo observados, e muito pouco resta por acontecer.

"Este é o Primeiro Sinal: Nós estivemos falando da chegada dos homens de pele branca, como Pahana, mas que não viviam como Pahana e que iam tomar a terra que não lhes pertencia. E homens que derrubavam seus inimigos com trovões.

"Este é o Segundo Sinal: Nossas terras veriam a chegada de rodas rolantes carregadas de sons. Em minha juventude, meu pai viu essa profecia tornar-se realidade com seus próprios olhos - os homens brancos trazendo suas famílias em carros que cruzavam as pradarias."

"Este é o Terceiro Sinal: Uma estranha besta como um búfalo mas com grandes chifres compridos, iriam atravessar o território em grande quantidade. Isto Pena Branca viu com seus olhos - a chegada do gado do homem branco."

"Este é o Quarto Sinal: O território seria cruzado por serpentes de ferro."

"Este é o Quinto Sinal: O território deveria ser entrecruzado por uma gigantesca teia de aranha."

"Este é o Sexto Sinal: O território deveria ser entrecruzado com rios de pedra que formariam figuras sob o calor do sol."

"Este é o Sétimo Sinal: Você sentiria o mar se tornando negro, e muitas das coisas existentes morrendo por causa disso."

"Este é o Oitavo Sinal: Você veria muitos jovens, que usariam cabelos longos como a gente de meu povo, vindo e congraçando com as nações das tribos, para aprender seus costumes e sabedoria.

"E este é o Nono e Último Sinal: Você ouvirá de uma morada nos céus, sobre a Terra, que deve cair com um grande estrondo. Vai parecer como se fosse uma estrela azul. Logo depois disso, as cerimônias de meu povo cessarão. .

"Estes são os sinais de que uma grande destruição está chegando. O mundo deve balançar pra frente e pra trás. O homem branco irá combater contra outro povo em outras terras - com aqueles que possuíram a luz primeira da sabedoria. Haverão muitas colunas de fumaça e fogo como as que Pena Branca viu o homem branco fazer nos desertos não muito longe daqui. Assim que estas acontecerem causarão doença e uma grande mortandade.

"Muitos do meu povo, compreendendo as profecias, devem se salvar. Aqueles que estejam presentes ou vivam nos lugares do meu povo também devem ser salvos. Daí deve haver muito por reconstruir. E cedo - logo em seguida - Pahana regressará. Ele deve trazer consigo a aurora do Quinto Mundo. Ele deve plantar as sementes de sua sabedoria em seus corações. Mesmo agora as sementes estão sendo plantadas. Elas devem abrir caminho para o despertar no Quinto Mundo.

"Mas Pena Branca não verá isto. Estou velho e morrendo. Você - talvez o veja. A seu tempo, a seu tempo..."

O velho Índio caiu em silêncio. Eles chegaram a seu destino, e o Reverendo David Young parou para deixá-lo sair de seu carro. Eles nunca se encontraram novamente. O Reverendo Young faleceu em 1976, de modo que não viveu para ver o prolongamento de sua importante profecia."

Leia o texto completo e conheça a Rocha da Profecia em Crystalink. Saiba mais sobre os Kachinas, espíritos tutelares das nações zuni e hopi, em um artigo de Ardeth Baxter.
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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

OS LIVROS DOS QUAIS SOU FEITA.

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Não, apesar do título eu não sou uma bonequinha de papel reciclado nem um manequim ou escultura de papier-machè. Sou de carne e osso, não tenho dúvidas.
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Mas a minha alma, meu ego, meu self, meu psiquismo, minha mônada (ou seja lá como queiram chamar a contraparte do meu eu físico, aquilo que em mim realmente importa), esta sim, foi construída ao longo da minha vida com os blocos dos ensinamentos dos meus pais e da educação formal, com a ferragem das experiências pessoais e a argamassa da idéias que conheci ao ler livros, muitos livros.
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Um dos que mais me tocou, na época em que o li pela primeira vez, foi “O PROFETA” de Gibran Khalil Gibran. Lá eu encontrei, expressas em palavras claras e muito bem alinhavadas, idéias profundas e belas, poeticamente apresentadas aos olhos dos leitores, quase que respostas aos meus questionamentos pessoais na época. Ler este livro me levou a muitos vôos reflexivos, me proporcionou muitas horas de meditação a respeito dos temas apresentados e inúmeros momentos de conversas agradáveis com amigos.
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E assim, por ter visto neste livro beleza, utilidade e verdade, desejo partilhar com vocês dois pequenos capítulos, onde são abordados dois temas da nossa vida cotidiana, o conhecimento de si próprio e o ensino.
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Mas não se atenham a estes trechinhos, sugiro que vocês leiam o livro todo algum dia, pois tenho certeza de que vocês irão apreciar muitíssimo cada um dos seus capítulos. Vamos lá:
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“E um homem disse: -"Fala-nos do conhecimento de si próprio."
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E ele respondeu, dizendo:
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-"Vosso coração conhece em silêncio os segredos dos dias e das noites; mas vossos ouvidos anseiam por ouvir o que vosso coração sabe, desejais conhecer em palavras aquilo que sempre conhecestes em pensamento. Quereis tocar com os dedos o corpo nu de vossos sonhos. E é bom que o desejeis.
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A nascente secreta de vossa alma precisa brotar e correr, murmurando para o mar, e o tesouro de vossas profundezas ilimitadas precisa revelar-se a vossos olhos. Mas não useis balanças para pesar vossos tesouros desconhecidos e não procureis explorar as profundidades de vosso conhecimento com uma vara ou uma sonda, porque o Eu é um mar sem limites e sem medidas.
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Não digais: 'encontrei a verdade.' Dizei de preferência 'Encontrei uma verdade.'
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Não digais: 'Encontrei o caminho da alma.' Dizei de preferência: 'Encontrei a alma andando em meu caminho.' Porque a alma anda por todos os caminhos. A alma não marcha em linha reta nem cresce como um junco. A alma desabrocha, qual um lótus de inúmeras pétalas".
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Então, um professor disse: "Fala-nos do ensino."
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E ele respondeu, dizendo:
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-"Homem algum poderá revelar-vos senão o que já está meio adormecido na aurora do vosso entendimento. O mestre que caminha à sombra do templo, rodeado de discípulos, não dá de sua sabedoria, mas sim de sua fé e de sua ternura.
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Se ele for verdadeiramente sábio, não vos convidará a entrar na mansão de seu saber, mas vos conduzirá antes ao limiar de vossa própria mente.
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O astrônomo poderá falar-vos de sua compreensão do espaço, mas não vos poderá dar a sua compreensão. O músico poderá cantar para vós o ritmo que existe em todo o universo, mas não vos poderá dar o ouvido que capta a melodia, nem a voz que a repete. E o versado na ciência dos números poderá falar-vos do mundo dos pesos e das medidas, mas não vos poderá levar até lá.
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Porque a visão de um homem não empresta suas asas a outro homem. E assim como cada um de vós se mantém isolado na consciência de Deus, assim cada um deve ter sua própria compreensão de Deus e sua própria interpretação das coisas da terra."
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E assim, termino a coluna de hoje com um pensamento do meu também amado Nietzsche (é gente, Fernando Pessoa divide seu trono de predileto no meu coração com alguns outros autores que também admiro bastante!), um filósofo que através das suas idéias também faz, e em alto grau, parte daquilo que eu sou hoje.
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Este pensamento me é caro, porque muitas vezes fui considerada “insana” pelos surdos de plantão, por aqueles que só ouvem aquilo que as grandes massas proclamam repetidamente, fechando seus ouvidos ao novo, ao ousado, ao original e necessário (tudo aquilo que me move).
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"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não conseguiam escutar a música". (Friedrich Nietzsche)
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PEQUENOS FATOS INFERNAIS.

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Se não me engano, foi Jean Paul Sartre quem disse : -“O inferno são os outros”.
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Uau, que frase esta! De difícil interpretação e sentido amplo, ela com certeza gera uma margem que permite a alguns considerarem-na enfática e negativa, e outros, correta e oportuna.
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Vejamos: quando os outros são fonte de compreensão, amizade, ética, fraternidade, acolhimento e amor, na verdade são parte do Paraíso. Meu paraíso particular é assim: tem dias claros, muitas bibliotecas, espaços limpos e amplos cheios de amigos inteligentes, bondosos e compreensivos, com os quais eu posso conversar por horas e horas, exercitando minhas habilidades de reflexão e convívio fraternal. Tem também um silêncio onipresente, quase sagrado, que é ocasionalmente entrecortado por melodias suaves e harmônicas, do tipo que faz bem à alma. Na verdade, eu encontro esse paraíso na Terra em raríssimas ocasiões. Em ocasiões especialíssimas, diga-se de passagem.
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Muito mais comum e corriqueiro do que isto, porém, é eu me ver envolvida em situações que me remetem ao arquetípico inferno, lugarzinho onde habitam as mentes mais incautas e que já foi, exaustiva e diversamente, descrito por inúmeras religiões e obras literárias como a “Divina Comédia”, de Dante.
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Relaciono a seguir, para sua apreciação e diversão, alguns instantâneos deste meu inferno particular, o qual salta à vista sempre que me pego praticando aquele tipo de olhar que realmente vê e percebe o que ocorre ao meu redor.
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Quer coisa mais infernal, mais insuportável do que você estar preso no trânsito lento, num dia destes de calor insuportável e ter, ao seu lado, um carro dirigido por aqueles camaradas fortões, bombadões, de camisetinha regata colada ao corpo, um daqueles tristes Stalones tupiniquins, que toca num volume pantagruélico aquelas músicas paupérrimas e barulhentas, compostas para quem tem Q.I. de ostra?
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Ou estar numa fila qualquer (são tantas as que a gente enfrenta que fica bem fácil imaginar uma) e o sujeito de trás, sem noção alguma de limites, começar a falar alto ao celular sobre coisas íntimas da vida dele, que você não deve nem quer escutar?
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Ou ainda, se sentar para ver um filme no cinema e ter atrás de si um bando de gente que fica matraqueando sem parar, como se estivessem na casa deles, tornando o prazer de ver o filme uma tortura de autodisciplina (afinal, a gente bem que quer, mas não pode, encher as orelhas das criaturas barulhentas de palavrinhas desagradáveis, ou, se formos mais “fortinhos”, de uns bons cascudos!).
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É... e isso tudo acontecendo enquanto aquele camarada enorme chega abraçado com a namorada, atrasado para a sessão, e fica na sua frente, tampando as legendas, enquanto espera os olhos se acostumarem à escuridão para poder encontrar um lugar para se sentar. E isso, para logo depois, assim que ele se sentar, tornar a se levantar pra comprar pipoca, refrigerante e depois ficar novamente na sua frente, repetindo o ritual anterior.
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Tem também aquele momento em que você está na estrada, dirigindo contente com o vento no rosto, feliz e absorto, e o camarada do carro à frente de repente lança pelo vidro do carro uma latinha de refrigerante vazia que vem voando para cima do seu carro, obrigando-o a praticar manobras dignas de um ás do volante para não ser atingido. -“PORCO!”, é o que a gente grita por dentro (e às vezes para fora também!), mas não dá para fazer mais que isso... Ah, se desse, ah se desse!
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Tem mais algumas coisinhas que também me deixam mal, que talvez outras pessoas nem enxerguem. Por exemplo, toda vez que vou ao Carrefour e passo pela seção de rações (eu e meus eternos gatos!), fico desolada ao ver a seção de plantas morrendo, literalmente batendo as botas, por falta de água. Óh raios! Se os administradores da loja compram as plantas é porque pretendem vender; se pretendem vender, deveriam cuidar do seu patrimônio, senão pelo respeito que deveriam nutrir pela vida das plantas, ao menos para evitar o prejuízo certo de perder as plantas. Custa muito manter as plantas molhadas?
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Outra coisa que me leva às profundezas abissais é ouvir de uma mãe de aluno, à qual pedi para conversar com o filho de uns oito ou nove anos sobre o péssimo comportamento dele na sala de aulas a frase- “Ai, professora... eu não sei mais o que fazer com o fulaninho, ele não me obedece, já tentei de tudo mas ele faz o que quer...” . Socorro, gente. Pode isso?
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Se não dá para se dedicar a educar os filhos porque dá muito trabalho, porque então ter filhos para depois entregar sua responsabilidade pessoal nas mãos de um profissional que é apenas isso, p-r-o-f-i-s-s-i-o-n-a-l da Educação, e que não tem como função fazer papel de pai e mãe?
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Para terminar de ilustrar parcialmente as cenas do meu inferno particular, trago ao palco os guardadores de carros, aquele camaradas mais ou menos sinistros, que ficam de plantão em todo canto da cidade, onde quer que haja uma vaga disponível, para extorqui-lo como se fosse a coisa mais natural do mundo. –“E aí, dona, posso dar uma olhadinha?”. Pode. Pode sim, não custa nada olhar, mas me explique agora porque é que eu tenho que pagar para um estranho por estacionar dentro da cidade, que come meus preciosos reais em diversas parcelas de IPTU?
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Parem o mundo que eu quero descer... alguém sabe me informar quando é que sai a próxima astronave rumo “ao infinito e além”?
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CORAÇÃO DELATOR

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Recebi, dias atrás, um convite da amiga Conceição Molinaro para assistir a uma peça teatral montada pelos seus alunos terceiranistas do curso de Artes Cênicas da escola Fego Camargo. Adoro Teatro, lógico que não poderia deixar de ir... nem sequer perguntei pelo nome da peça e já aceitei! Cheguei em cima da hora, coisa que não é do eu feitio e que me desagrada fazer, mas que naquele dia não deu para evitar.

Talvez como um tipo de castigo pela minha indisciplina temporal, cheguei e me sentei na última cadeira disponível, no cantinho da terceira fileira. Tudo bem, já que palco não havia, e sim uma pequena arena no centro do auditório onde o cenário simples se apresentava. Com certeza, teria boa visão dalí.

O som de um coração batendo se propagava pela sala e a iluminação, fosca e insuficiente, mal deixava entrever as peças do cenário: uma cama, uma janela, algumas cadeiras... cadeiras onde alguns personagens já aguardavam pelo início da peça, concentrados em seus papéis misteriosos.
De repente, sons reverberam no meio da penumbra... vozes confusas, risos de escárnio, movimentação errática dos personagens por toda a cena. Tinha início a peça, uma crua descrição de um crime praticado por um homem atormentado, perturbado, demente.

Nos primeiros minutos da peça já me vêm à memória alguns contos de Edgar Allan Poe... “O barril de amontilado”, “O corvo”, “Os dentes de Berenice”, “A queda da casa de Usher”... quase podia ler a assinatura de Poe nas sombrias imagens que pelo palco falavam, gritavam, se retorciam.

Pessoas mais próximas à cena, muito provavelmente desacostumadas a interagir com atores teatrais assim tão de perto, se encolhiam meio assustadas quando o texto ficava mais intenso e a ação mais enérgica. E devo admitir que o clima era mesmo meio atemorizador... a insanidade do personagem, maquiada exageradamente pela penumbra onipresente na montagem, realmente intimidava.

E assim, os minutos passaram muito rápidos e a peça chegou ao clímax, momento em que o assassino é delatado por si mesmo, pelo seu próprio desequilíbrio. Ao final da peça não foram cerraram cortinas porque não as havia, mas alguns auxiliares conduziram os presentes para a saída rapidamente. Eu fiquei dentro do salão, aguardando para pode parabenizar minha amiga pelo excelente trabalho realizado pelos seus alunos. Agradavelmente surpresa (minhas antenas estão polidas!), descobri conversando com os atores após o término da peça, que realmente o texto ali interpretado era uma adaptação de um conto de Edgar Allan Poe.

Fiquei mesmo impressionada com a capacidade que estes alunos tiveram de criar a atmosfera de uma forma tão convincente que foi capaz de trazer à minha memória o nome de Poe tão prontamente. Ainda mais porque descobri, pela própria professora Conceição, que eles foram totalmente responsáveis pela montagem, do texto à iluminação, passando pelo figurino, concepção dos personagens e tudo o mais.

Quero deixar ao fim desta coluna, senão mais e mais reflexões sobre os temas velhice, loucura e memórias (o espaço seria insuficiente!), os meus sinceros parabéns à equipe de alunos que tão brilhantemente soube criar um espetáculo assim original e minha felicitações à Conceição e à toda equipe da área de Artes Cênicas da escola Fego Camargo, por terem conseguido motivar estes jovens artistas a chegarem ao ponto que chegaram.

E a você, leitor amigo, deixo a sugestão de ir vê-los. Sei que eles irão apresentar a peça mais algumas noites, embora não saiba ao certo quando. Portanto, liguem para lá e se informem, vão lá prestigiar esses jovens talentos porque com toda certeza vocês irão gostar!
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O SOM DA NOITE.

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Outro dia resolvi sair à noite com uma amiga para beber uma cerveja, jogar conversa fora, falar dos sonhos e esperanças, das dúvidas e temores, das coisas divertidas e das que assustam. Nada demais, o de sempre: sair para tirar o pó da alma, quebrar a rotina, sentir-se viva!

Fomos a um barzinho charmoso, que sempre tem um som ao vivo muito bom e que, por quase nunca ser excessivamente alto (o que é a maldição destes lugares), acabou por me cativar. Falo do “Blues Brazil”, que fica ali pertinho da praça da Eletro.

O ambiente deste barzinho não difere muito do ambiente de qualquer outro: meia luz, mesas dispostas de forma a propiciar alguma privacidade aos casais que ali estão e jovens prestativos atendendo atenciosamente aos clientes. Porém, há um algo que faz, para mim, toda diferença: a música. Eles sempre têm música ao vivo de qualidade por lá e, nesta noite em particular, havia um pianista. Um pianista dos bons.

Ele era moreno e tinha bigodes fartos e intimidadores, porém sua face serena não parecia nada ameaçadora, deixando apenas aos bigodes a tarefa de impor respeito. Das suas mãos saiam maravilhas, era um algo quase mágico ver como seus dedos percorriam o teclado com facilidade e sensibilidade. Estimo em uns 50 anos sua idade, muito mais baseada no repertório amplo e bem construído, coisa de quem é maduro e experiente, do que em sua aparência, que se revelava atemporal.

É verdade que alguns dos presentes não estavam verdadeiramente “presentes”... muitos ali, envolvidos em seus mundos pessoais, mal escutavam as músicas que ele tocava tão bem. Eu já toquei na noite por muitos anos e sei bem como é isso: para cada dez presentes, há apenas um ou dois que percebem e curtem as músicas que interpretamos, mas esse poucos são suficientes para que nos sintamos percebidos, gratificados.
Ele não parecia se importar muito com isso (os anos de prática nos ajudam a relevar), pois seguia tocando música após música com seu estilo pessoal, cheio de nuances jazzísticas.

Para mim foi uma festa ouvi-lo: conheço todo o repertório dele e, por sorte, as músicas estavam no meu tom e eu cantarolava baixinho, de onde estava, praticamente todas elas. Bossas, músicas internacionais, grandes obras da MPB, tudo enfileiradinho para o meu prazer!

De vez em quando eu corria os olhos em volta e me espantava com a falta de atenção das pessoas... será que elas não pressentiam a qualidade da música? Será que não tinham também vontade de cantar baixinho, exercitando o lado mais sensível da alma? Ah, não importa, cada um desperta para o belo em seu devido tempo e sei não há pressa, pois este despertar é inevitável em algum momento da vida.

Fiquei ali bebericando ao lado da minha amiga, entremeando conversa com cantoria por umas duas horas ou mais. E ao sair não resisti, fui até lá para cumprimentá-lo pelo bom gosto (igual ao meu, o que me leva a crer que é verdade que “narciso acha feio o que não é espelho”) e registrar que seu trabalho fez a minha noite mais bela, muito mais agradável e, com certeza, me fará voltar lá mais vezes ao lado de amigos para simplesmente curtir aquele som limpo, bem construído, carregado de expressão, que ele cria com tanta facilidade.

Fica a sugestão: reúna alguns amigos e vá até lá uma noite destas para ouvi-lo tocar (mas não se esqueça de contar para mim depois como foi sua experiência, ok?)

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AS PROFECIAS MAIAS.

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Olá, amigos leitores.

Devo admitir que sempre tive ao menos um pezinho do meu intelecto fincado nos reinos do estranho, do diferente, do chamado “oculto”, fato que constantemente me leva a me interessar por coisas não muito convencionais.
Acontece que estas coisas, depois de algum tempo, acabam por se tornar populares, quer por modismos (como o caso da Índia, país de cuja cultura eu já assimilei vários hábitos há anos e que agora se tornou “a bola da vez” por conta da novela global), ou por mero reconhecimento público mesmo, caso da acupuntura, dos florais, da homeopatia, da iridologia, dos efeitos terapêuticos da meditação e outras coisinhas assim.
Desde muito cedo eu me interesso por assuntos transcendentes, diferentes, estranhos. Por conta disto, minha biblioteca é um tanto bizarra, contando com títulos variados que abordam muitos temas interessantes.

Nestes últimos anos, um assunto que tem tomado conta do meu imaginário (e de boa parte do meu tempo livre) é a questão da transição planetária, evento anunciado aos quatro ventos por muitas tradições filosóficas e/ou religiosas. De Nostradamus aos índios Hopi, passando pelo webbot, pelo Apocalipse Segundo São João, pelas previsões de atividades solares anormais pelos astrônomos e chegando aos Maias, temos um mosaico interessantíssimo de previsões variadas que apontam todos na mesmíssima direção: o ano de 2012, quando tudo deve convergir para um ponto de transição após o qual a Terra e sua civilização, tal como a conhecemos, jamais será a mesma.
Dentre todas estas fontes de informações, todas absolutamente disponíveis, de forma acessível e democrática, na internet (basta acessar www.google.com.br e digitar profecias), pretendo abordar as Profecias Maias, para repartir com vocês um pouco do que andei estudando.
É um tema polêmico, que pode suscitar desde más interpretações ou receios até gargalhadas jocosas de descrença... por isso sugiro que vocês leiam com isenção de ânimo: se não puder se levar a sério, com certeza poderá servir como uma ficção e tanto, que irá entreter seus dias.

Algumas das previsões feitas pelos Maias parecem estar começando a se precipitar do imaginário na realidade. Os Maias previram o “fim” desta humanidade centrada no aspecto material da vida em 21/12/2012 e deixaram sete profecias que ocorreriam antes deste dia. A quinta profecia disse: quebra da economia mundial. Você liga o noticiário e ouve: “Pânico nos mercados!”, " Dólar tendo maior alta em um dia”, “quebra de bancos”, “recessão na economia Americana”, e muito mais. Acontece que estes acontecimentos foram previstos pelos Maias há centenas de anos atrás.
Os maias foram um povo com amplo conhecimento de astronomia e matemática, que adoravam o céu. Eles previram o colapso de sua civilização (e acertaram) e previram o colapso da nossa também. Inclusive dizendo a data: 21/12/2012. Antes desta data, eles profetizaram sete profecias que aconteceriam com o mundo, que são elas:

1ª Profecia: O final do medo

2ª Profecia: Anuncia que o comportamento de toda a humanidade mudaria rapidamente a partir do eclipse do sol de 11/08/1999.

3ª Profecia: diz que uma onda de calor aumentará a temperatura do planeta, produzindo mudanças climáticas, geológicas e sociais, em uma magnitude sem precedentes e a uma velocidade assombrosa.

4ª Profecia: Diz que o aumento da temperatura do planeta, causado pela conduta antiecológica do ser humano e por uma maior atividade do sol provocará um derretimento de gelo nos pólos (terremotos, tsunamis, enchentes, furacões e outros eventos climáticos são todos derivados desta condição do aquecimento e estão acontecendo aos borbotões).

5ª Profecia: Os sistemas falharão para que o ser humano enfrente-se a si mesmo, para que ele veja a necessidade de reorganizar a sociedade e continuar no caminho da evolução que nos levará a entender a criação. O sistema econômico, que regulamenta, quantifica e põe um preço nas relações do planeta está errado. A economia do ser humano contemporâneo está orientada por princípios de agressão e é incompatível com um universo em harmonia.

Vamos dar uma pausa, porque você ficou coçando a cabeça! Até aqui tudo aconteceu. É o que se ouve falar: aquecimento Global, derretimento das geleiras e agora a quinta-profecia está se cumprindo, a que diz respeito à economia mundial! Mas não se esqueça que estas profecias foram escritas a centenas de anos atrás! Terminando esta coluna de hoje, vamos abordar as outras duas profecias que faltam ser cumpridas:

6ª Profecia: Diz que nos próximos anos aparecerá um cometa (nota: Marduk, Nibiru/ Planet X) cuja trajetória colocará em perigo a própria existência do ser humano. (alguns cometas grandiosos andaram passeando por perto do nosso planeta nos últimos anos, tendo sido avistados pelos astrônomos apenas quando já estavam absolutamente perto da atmosfera... por sorte, passaram ao largo!)

7ª Profecia: Fala do momento em que o sistema solar em seu giro cíclico sai da noite para entrar no amanhecer da galáxia. Ela nos diz que nos 13 anos que vão desde 1999 até 2012, o centro da galáxia sincroniza todos os seres-vivos e permite a eles concordar, voluntariamente, com uma transformação interna que produz novas realidades. E que todos os seres humanos tem a oportunidade de mudar e romper suas limitações, percebendo um novo sentido para a vida que não o material. Os seres humanos que voluntariamente encontrem seu estado de paz interior, elevando sua energia vital, levando sua freqüência de vibração interior do medo para o amor, poderão captar e expressar-se através do pensamento, e com ele florescerá um novo sentido.

E assim deixo aqui esta introdução, este painel, para voltar na semana que vem abordando mais profundamente a primeira profecia e, depois, uma outra por semana. Comentários e mais informações ou bate-papos sobre o assunto são muito bem-vindos: meublogdepapel@gmail.com

Até mais ver!
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A PRIMEIRA PROFECIA.

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Hoje começo a abordar as profecias Maias resumindo a primeira profecia: ela prevê que as atividades solares muito intensas (que já estão ocorrendo) causarão sérios problemas planetários (sugiro que vocês olhem para o clima, para os terremotos, para o degelo das calotas e etc.) e da possibilidade dada aos homens para que eles descubram seu potencial divino, sua capacidade de ser harmônico e respeitoso em relação à vida como um todo. Vamos ao texto...

“A civilização Maia possuía grandes conhecimentos astronômicos e matemáticos. Através deles eles previram, com muita exatidão, eventos astronômicos que acontecem hoje, nos nossos dias, tais como eclipses, alinhamentos planetários e anormalidades na atividade solar. Podemos considerar os Maias como “os donos do tempo”, pela sua habilidade de perceber os ritmos temporais que, ao longo dos milênios, repetem padrões astronômicos regulares que afetam toda a galáxia.

Para os Maias há um processo universal cíclico que nunca muda, uma espécie de “respiração da galáxia”. O que mudaria, segundo eles, é a consciência do homem, que passa através destes ciclos num processo de mutação que leva sempre em direção à perfeição. Com base em suas observações, os Maias previram que a partir da data inicial de sua civilização (4° Ahau, 8° Cumku, isso é 3.113 a.C.) 5.125 anos no futuro, ou seja, sábado, 21 de dezembro de 2012, o Sol, ao receber um forte raio sincronizado proveniente do centro da galáxia, mudará sua polaridade e produzirá uma gigantesca labareda radiante. Nesta época, a humanidade deve estar preparada para atravessar a porta que os Maias nos deixaram, quando a civilização atual, baseada no medo (que provoca a busca do controle, a avidez pelo dinheiro e todas as injustiças sociais e violência atuais), passará para uma vibração muito mais alta de harmonia.

Os Maias asseguravam que a sua civilização era a 5ª civilização iluminada pelo Sol, que eles chamavam de Kinich-Ahau, o 5° grande ciclo solar. Que antes havia existido outras quatro civilizações, todas destruídas por grandes desastres naturais. Achavam que cada civilização é apenas um degrau para ascensão da consciência coletiva da humanidade. Para eles, no ultimo grande desastre planetário, a civilização teria sido destruída por uma grande inundação, que deixou apenas alguns sobreviventes dos quais eles eram seus descendentes. Ao deixar suas anotações para a posteridade, eles pensavam que conhecer os finais desses ciclos auxiliaria muitos humanos a se prepararem para o que viria e que, graças a isso, eles poderiam ajudar a conservar sobre o planeta a espécie pensante, o ser humano.

A 1ª profecia Maia nos fala do “tempo do não-tempo“, um período de 20 anos chamado “Katun”, e os últimos vinte anos desse grande ciclo de 5.125 anos iria de 1992 até 2012. Profetizaram que neste tempo manchas do vento solar, cada vez mais intensas, aconteceriam, e que desde 1992 a humanidade entraria num último período de grandes aprendizagens, de grandes mudanças e que nossa própria conduta de depredação e contaminação do planeta contribuiria para essas mudanças acontecerem. Essa profecia diz que essas mudanças irão acontecer para que possamos entender como funciona o universo e para que avancemos para níveis superiores, deixando para trás o materialismo e nos livrando do sofrimento.

O livro sagrado Maia CHILAM BALAM diz que no final do último Katun (2012) haverá um tempo em que os homens estarão sumidos na escuridão, e que depois virão trazendo sinal futuro Os Homens do Sol e que a terra despertará pelo norte e pelo poente, e Itza despertará.
A primeira profecia anunciou que sete anos depois do inicio do 1° katun, ou seja, em 1999, começaria uma época de escuridão (planetariamente e nos sentidos social, pessoal, comportamental), na qual todos nós nos defrontaríamos com nossa própria conduta, e disseram também que as palavras de seus sacerdotes seriam escutadas por todos nós, como orientação para o despertar. Eles falam dessa época como o tempo em que a humanidade entrará no “grande salão dos espelhos”, (figura para ilustrar os questionamentos que todos farão a si próprios, defrontando-se com seus medos, dúvidas, defeitos e qualidades), uma época de mudanças para que o homem enfrente a si mesmo “no grande salão dos espelhos”, e possa analisar seu comportamento com ele mesmo, com os demais, com a natureza e com o planeta onde vive.

A primeira profecia fala, enfim, sobre o final do medo. Diz que o nosso mundo de ódio e materialismo terminará no Sábado, 21 de dezembro do ano 2012. Neste dia, a humanidade deverá escolher entre desaparecer da superfície da Terra como espécie pensante (a única espécie que ameaça destruir o planeta) ou evoluir para a integração harmônica com todo o universo, compreendendo que tudo, absolutamente tudo, está vivo e consciente e que somos parte desse todo. E mais, que podemos existir em uma era de luz... depende apenas de nós mesmos.”
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A SEGUNDA PROFECIA.

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Dando continuidade à publicação das Profecias Maias, resumo agora, de forma muito simplificada, o que diz a segunda profecia. Para maiores informações acesse: http://www.youtube.com/watch?v=YbF2oaqlRrs

A 2ª profecia anuncia que o comportamento de toda a humanidade mudaria rapidamente a partir do eclipse solar de 11 de agosto de 1999. Naquele dia vimos algo como um anel de fogo, que se recortava contra o céu. Foi um eclipse sem precedentes na história pelo alinhamento, em cruz cósmica, de quase todos os planetas do sistema solar com o centro da terra. Eles se posicionaram nos quatro signos do zodíaco que seriam os signos dos quatro evangelistas, dos quatro guardas do trono que protagonizam o apocalipse segundo São João.

Os Maias sustentavam que a partir desse eclipse ou o homem perderia facilmente o controle de suas emoções ou então alcançaria sua paz interior e tolerância, evitando os conflitos. Desde então temos vivido uma época de mudanças grandiosas, tanto comportamentais quanto tecnológicas e climáticas, uma espécie de ante-sala de uma nova era, quando a noite fica mais escura antes do amanhecer. O fim dos tempos atuais, de acordo com as profecias Maias, seria uma época de conflitos e de grande aprendizagem, de guerras, separação, loucura, cenário que irá gerar, por sua vez, processos de sofrimento, destruição e consequente amadurecimento e evolução planetárias.

A segunda profecia indica que a energia que recebemos do centro da galáxia aumentará e acelerará a vibração em todo o universo, para conduzi-lo a uma maior perfeição. Isso produzirá mudanças físicas no sol e mudanças psicológicas no ser humano, que mudará sua forma de pensar e de sentir. Serão transformadas as formas de relacionamento (basta olhar para nosso entorno), de comunicação (por exemplo, a internet revolucionou a comunicação e os costumes), tanto quanto os sistemas social, econômico, da ordem e da justiça. Serão modificadas também convicções religiosas e alguns dos valores que aceitamos hoje. O ser humano irá defrontar-se com seus medos e angustias para compreendê-los, solucioná-los, e assim poderá sincronizar-se com novo o ritmo do planeta e do universo. A humanidade irá potencializar seu lado negativo, tendo então a oportunidade de ver e sentir, com maior clareza, os maus resultados da violência e do desrespeito de que é capaz em relação a si, ao planeta e aos semelhantes, fazendo disso o primeiro passo para mudar de atitude e conseguir a unidade que permite o surgimento de uma nova consciência coletiva.

Serão incrementados os acontecimentos que nos separam, mas também os que nos unem, agregando em grupos pessoas de vibração semelhante. Muitos vivenciarão as realidades do medo, da agressão, do ódio, das famílias em dissolução, dos enfrentamentos por ideologia, religião, modelos de moralidade e nacionalismo. Simultaneamente, outros tantos buscarão e encontrarão a paz interior, aprenderão a controlar suas emoções, aprenderão a ter mais respeito, serão mais tolerantes e compreensivos, encontrarão o amor e a unidade. Surgirão homens com altíssimos níveis de energia interna, pessoas com sensibilidade e poderes intuitivos para a salvação. Mas também surgirão farsantes, que pretenderão obter lucro econômico à custa do desespero alheio.

Os Maias previram que a partir de 1999 começaria a era do “tempo do não-tempo”, uma etapa de mudanças rápidas, necessárias para renovar os processos geológicos, sociais e humanos. Ao final do ciclo cada um será seu próprio juiz, será o tempo dos humanos entrarem no grande salão dos espelhos para analisar tudo o que fizeram na vida. Cada qual será classificado pelas qualidades que tenha conseguido desenvolver na vida, ela sua maneira de agir dia após dia, seu comportamento com o semelhante e com o planeta. Todos irão se posicionar segundo o que sejam. Os que conservam a harmonia entenderão o que aconteceu como um processo de evolução no universo, mas haverá outros que, por ambição, medo ou frustração, culparão os outros ou a Deus pelo que acontecido.

Serão geradas situações de destruição, morte e sofrimento. Mas elas também darão lugar a circunstâncias de solidariedade e respeito pelo semelhante, de unidade com o planeta e com o cosmos. Isso significa que o “céu” e o “inferno” estarão se manifestando ao mesmo tempo sobre a crosta, e que cada ser humano viverá em um ou em outro dependendo de seu próprio comportamento. No “céu”, com a sabedoria para transcender voluntariamente o que acontecerá. No “inferno”, com a ignorância, para aprender com a dor e com o sofrimento. Duas forças inseparáveis: uma que entende que tudo no universo evolui para a perfeição, que tudo muda; outra, envolta em um plano de materialismo que só alimenta o egoísmo. Na época da mudança dos tempos, todas as opções estarão disponíveis, praticamente sem censura de nenhum tipo, e os valores morais serão mais frouxos do que nunca para que cada um se manifeste livremente como é.

A segunda profecia afirma enfim que se a maioria da população modificar sua mentalidade abolindo a violência, superando a falta de amor e se sincronizando com o planeta (elevando assim sua vibração), serão neutralizadas muitas das mudanças drásticas descritas nas profecias seguintes.
Devemos estar conscientes de que o ser humano sempre decide seu próprio destino, especialmente nesta época. As profecias são apenas advertências para que tomemos consciência da necessidade de mudanças de rumo, para evitar que toda a crise prevista para o planeta nos próximos anos se torne realidade.
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A TERCEIRA PROFECIA.

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Hoje abordaremos a terceira profecia Maia, lembrando que maiores informações sobre as Profecias podem ser encontrados na Internet com grande facilidade. É bom lembrar também que os Maias escreveram estas profecias há centenas de anos e que eles não possuíam ligações significativas com outros povos.

Os Maias, além de serem exímios astrônomos e poderosos matemáticos, conseguiam estados ampliados de consciência devido à seriedade com que lidavam com a prática de meditação, elevando assim a sua vibração energética. Alcançavam resultados surpreendentes quanto ao transitar no tempo, indo do passado ao futuro através da sensibilidade e do alto grau de percepção. Desta maneira conseguiam prever fatos relacionados com o desenvolvimento humano e geológico planetários.

Os Maias viam a vida como um eterno processo de aperfeiçoamento da evolução natural e não tinham uma visão fatalista do tempo. A morte para eles não representava o fim da vida e sim um momento de transição deste para outro estágio. A vida, para eles, era eterna, nunca terminava. Tudo nascia, vivia, morria e voltava a nascer. Eram ciclos de repetição em todos os níveis de existência, num processo eterno de evolução da matéria e da consciência.
Os maias acreditavam na reencarnação: para eles o processo de evolução era constante e eterno. Chamavam a reencarnação de caput-sigil, que significa voltar a experimentar a vida para obter mais sabedoria e compreensão. Acreditavam que o homem era constituído de três corpos: o físico, o astral (que é o molde etérico do físico) e o espiritual (a força energética que dá a vida).

A Terceira Profecia Maia fala da mudança climática no nosso planeta. A onda de calor irá se generalizar e grandes transformações virão a partir desta nova realidade. A maneira descuidada e inconsciente de lidar com a preservação ambiental e geológica, a prática constante da depredação do meio-ambiente (como exemplo os depósitos de lixo radioativo enviado para o fundo do mar, o desmatamento criminoso, a emissão diária de gases na atmosfera às toneladas); o despejo de resíduos não degradáveis poluindo nossos rios e oceanos, as queimadas, a poluição e a chuva ácida alteram a camada de ozônio na atmosfera da Terra (o ozônio tem duas funções primordiais: a primeira é absorver os raios ultravioletas do sol, protegendo o sistema ecológico da terra; a segunda é que, somado ao hidrogênio que chega à Terra sob a forma de água evaporada, transforma-se num poderoso bactericida, permitindo a salubridade do ar).

Segundo os Maias, com o aumento da temperatura haverá menos nuvens no céu e conseqüentemente, menos chuva. Isto afetará toda a vida do planeta devido aos grandes incêndios florestais e grandes secas que virão, prejudicando as colheitas, diminuindo a oferta de alimentos. Com a falta da chuva serão reduzidos os lagos e açudes, reduzindo a fauna. A economia será severamente atingida com a falta de alimentos e por conta disto, os preços irão subir muito, dificultando mais ainda a sobrevivência. Haverá racionamento de água, energia, haverá muita fome e muito descontentamento social. Aumentarão as pragas, insetos e doenças.

Como se não bastasse, erupções solares (previstas pelos Maias há centenas de anos e hoje corroboradas pelos cientistas) provocariam o surgimento dos ventos solares que causam danos aos satélites, interferindo em toda a atual rede de comunicação terrestre. Toda a informação do planeta ficaria comprometida com interrupções nas comunicações e nos sistemas de orientação; as práticas da navegação e da aviação, por exemplo, se tornariam impossíveis, deixando o homem imerso num forte caos planetário, conseqüência direta de suas ações inconscientes, de seus crimes praticados contra a natureza (e, sem se dar conta, contra si próprio).

Na quarta profecia Maia, que enfocaremos na semana que vem, veremos para onde nos conduzirá este aquecimento gradual da atmosfera terrestre e quais suas conseqüências em termos planetários e humanos.
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A QUARTA PROFECIA.

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Continuando a abordar as profecias Maias, textos gravados no Códice Dresden há cerca de mil e duzentos anos, hoje focalizaremos a quarta profecia, que parece muito mais ter sido escrita baseada nos telejornais atuais do que em conhecimentos ancestrais.

Sobre os códices (há mais de um) é interessante saber que o Códice de Dresden, o mais completo e mais conhecido, encontra-se na Sächsische Landesbibliothek, a biblioteca estadual de Dresden, na Alemanha. É o mais elaborado dos códices maias, bem como uma importante obra de arte. Muitas secções são ritualistas (incluindo os chamados "almanaques"), outras são de natureza astrológica (eclipses, ciclo de Vênus). O códice encontra-se escrito numa longa folha de papel dobrada de forma a produzir um livro de 39 folhas, escritas em ambas as faces. Terá sido escrito pouco tempo antes da conquista espanhola. De alguma maneira chegou à Europa e foi comprado pela biblioteca real da corte da Saxônia em Dresden no ano de 1739.
Sempre é bom recordar que os Maias, apesar de não possuírem os instrumentos de medição comuns aos nossos dias nem os conhecimentos que temos hoje, eram exímios astrônomos e matemáticos invejáveis, sendo que todas suas predições se baseiam em observações atentas do céu, praticadas seguidamente durante várias gerações, seguidas por cálculos matemáticos diferenciados.

De acordo com a quarta profecia, o aumento da temperatura planetária (causado pela conduta antiecológica dos homens) somada a uma atividade solar mais intensa que implicará em mais ventos solares (fatos já citados na terceira profecia), causará o derretimento das geleiras das calotas polares.

Para realizarem os cálculos sobre a atividade solar, os Maias utilizaram-se do ciclo de 584 dias do planeta Vênus, facilmente visível em sua órbita por se situar entre a Terra e o Sol, para calibrar seus cálculos solares. Diziam em seu Codex Desdren que a cada 117 giro de Vênus (187,2 anos ou 68.328 KINES ou ainda 5.125 anos) o Sol apresentava mudanças, enormes manchas e aumento dos ventos solares. Previram que a atividade solar irá aumentar gradativamente até atingir, ao fim ciclo de 5.125 anos, seu ápice, o que deverá também coincidir com o fim do ciclo de conta longa, de 25.625 anos, o chamado Dia Galáctico.

Crer ou não crer nas profecias não importa, mas sempre será interessante estarmos atentos aos fatos científicos. Hoje sabemos que são previstos pelos astrônomos alguns períodos de atividade solar muito intensa (solar max) em data próxima a 2012, assim como sabemos que a magnetosfera, nosso campo protetor contra as descargas magnéticas solares, está bastante enfraquecido, o que nos deixa mais vulneráveis aos efeitos destas ejeções de massa coronal (para maiores informações sugiro que você veja a seqüência de vídeos que se inicia em http://www.youtube.com/watch?v=t6EPhHA7As8&feature=related )

O degelo das calotas polares está em plena realização e as manchas e as tempestades solares são hoje evidentes e previstas... nisto os Maias já acertaram. Agora resta-nos saber quais as consequências futuras destes fatos em relação à nossa civilização. A inundação das áreas costeiras e algumas alterações morfológicas dos terrenos conhecidos, por exemplo, já são de se esperar.

Na semana que vem daremos continuidade ao tema, abordando a quinta profecia.
Até lá.
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A QUINTA PROFECIA.

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O povo Maia, capaz de profetizar há mais de 700 anos alguns eventos que já estão comprovadamente acontecendo, certamente possuía capacidades diferenciadas e um nível de consciência dilatado, assim como conhecimentos e percepções altamente evoluídos para sua época. Um povo ligado à natureza, à Lua, a água, ao nosso planeta e aos ciclos que o regem, os Maias foram uma civilização altamente intelectualizada para seu tempo. Desapareceram séculos atrás sem deixar muitos vestígios, mas deixaram atrás de si alguns códices contendo seus estudos astronômicos, aos quais tivemos acesso há alguns anos e que são chamados hoje de Profecias Maias.

Na quinta profecia os Maias predizem uma grande quebra na economia mundial. A quinta profecia diz que todos os sistemas baseados no medo (e todos nossos sistemas estão baseados nele atualmente: os religiosos, os sociais e os econômicos), sob os quais está fundamentada a nossa civilização, se transformarão simultaneamente com o planeta e com o ser humano, dando lugar a uma nova realidade de harmonia. Os sistemas falharão para que o ser humano enfrente-se a si mesmo, para que ele veja a necessidade de reorganizar a sociedade e continuar no caminho da evolução que os levará a entender e a participar mais harmoniosamente do processo universal da vida.

Somente cogitando sobre como poderia ocorrer essa quebra mundial da economia, poderíamos elencar alguns fatos: neste momento, praticamente todas as economias do mundo estão em crise e foi desencadeada uma onda especulativa em todas as partes. Em apenas um dia, um trilhão de dólares muda de mãos nos mercados financeiros internacionais. Apenas 15% de queda nos mercados podem fazer desaparecer o equivalente à riqueza anual de todas as fabricas dos Estados Unidos juntas. Desde 1995, a economia mundial não é mais dominada pelo intercambio de automóveis, aço, trigo e outros bens e artigos reais, mas pelo intercambio de dividas, ações e títulos de credito, o que quer dizer, de riqueza virtual, com a qual é muito fácil especular.

O que é o dinheiro? Vejamos: a uma ilha isolada chega um próspero turista que entra no hotel, paga $100 pela estadia e sobe ao seu quarto. Imediatamente, o dono do hotel corre ao açougue e paga sua conta de $100, pendente há algum tempo. O dono do açougue corre pagar $100 ao dono do gado, quitando sua dívida. O dono do gado vai pagar imediatamente o dono da casa de produtos veterinários, a quem devia $100. O dono da loja corre pagar ao dono do hotel sua dívida de $100, contraída quando da acomodação de alguns parentes. Nisso, o hóspede desce, diz que não gostou das acomodações, pega seus $100 de volta e vai embora. Na verdade, nenhum dinheiro entrou efetivamente no sistema da ilha, mas todos puderam quitar suas dívidas mesmo assim. Dá para pensar, não é?

A toda esta fragilidade de uma coisa que existe apenas teoricamente, some-se: situações de alto risco no sistema econômico e no sistema de controle de informações + o aumento na atividade do Sol (realidade astronômica, não esotérica), que pode causar danos irreparáveis nos satélites = grandes fatores de incertezas.

Como já vimos na profecia anterior, os ventos solares, quando alterados, enviam uma dose incomum de raios ultravioleta e carga magnética à Terra, que expandem a atmosfera superior diminuindo a pressão que existe sobre os satélites que estão a baixas altitudes. Isso fará com que eles diminuam suas órbitas para outras muito mais rápidas e perderemos assim o contato temporal com eles - na melhor das hipóteses - e serão interrompidas todas as comunicações por satélite no planeta. Também pode acontecer que os quase 19.000 objetos que transitam na órbita da terra, ao receberem a dose alta de eletromagnetismo do Sol, tenham seus componentes eletrônicos danificados e deixem de funcionar para sempre.

Ao afetar-se a ionosfera pela emissão de raios solares, produzem-se alterações em todas as comunicações de radio e televisão, porque é nesta camada que são transmitidas e refletidas a diferente freqüência. Portanto, a economia e a comunicação são sistemas frágeis e interconectados com todos os outros. A rede elétrica é especialmente sensível aos ventos solares, como ocorreu durante nove horas em todo Quebec, em 1989. O sistema de eletricidade é a coluna vertebral de nossas sociedades contemporâneas... se ele falhar falharão, um atrás do outro, como pedras de dominó, todos os outros sistemas. Dizem que um sistema é tão forte quanto o mais fraco de seus componentes ou elos. Imaginemos como reagiria a nossa sociedade a todos esses acontecimentos simultâneos: a comida ficaria escassa; as comunicações seriam impossíveis; a tráfego enlouqueceria em todas as cidades, a economia ficaria paralisada; a maioria de nós perderia o juízo e teria inicio a uma desordem civil que, pela quantidade de pessoas envolvidas, ultrapassaria as expectativas e os controles civis e militares do governo. Essa situação de descontrole total modificaria para sempre todos os sistemas da sociedade.
Os sistemas religiosos baseados em um Deus que infunde medo também entrariam em crise e surgiria um único caminho espiritual comum a toda a humanidade, que terminaria com todos os limites estabelecidos entre as diferentes formas de ver Deus.
E assim o novo dia galáctico, que é anunciado de alguma forma por todas as religiões e cultos como uma época de luz, paz e harmonia para toda a humanidade, poderia se tornar realidade, mesmo que à custa de um possível sacrifício de grande parte daquilo que conhecemos como vida hoje em dia.

Probabilidades, apenas probabilidades... nas quais os Maias acreditavam com grande firmeza.
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A SEXTA PROFECIA.

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Dando continuidade ao assunto “Profecias Maias” vamos falar sobre a sexta profecia, uma das mais controversas devido aos altos graus de catastrofismo e possibilidade que encerra. A sexta profecia fala-nos de um cometa que se aproximará da Terra e colocará em risco a própria existência da Humanidade tal como a conhecemos.

Os Maias, povo que possuía um nível de conhecimentos astronômicos e matemáticos extremamente avançados para sua época, viam os cometas como agentes precursores de mudanças, que vinham sempre com o intuito de alterar as estruturas conhecidas. O Códice K traz o vaticínio de vários Chilam Balam, embora o principal seja Pacal Votan, o Grande.
Ele fala que um corpo celeste misterioso se aproximará da Terra antes de 2.012. Este corpo celeste iludirá os mais sábios astrônomos: alguns pensarão tratar-se de um cometa enorme; outros, de objetos espaciais de outras galáxias. Este corpo celeste passará muito próximo da Terra e causará vários desequilíbrios no planeta: fará a Terra tremer, os mares invadirem continentes, vulcões acordarem, territórios sumirem, prédios despencarem (eventos causados por fenômenos magnéticos e gravitacionais).
Depois da passagem do corpo celeste e da volta à normalidade possível, a Terra gozará de um período de paz e de harmonia, quando uma renovada humanidade seguirá para um estágio superior de consciência e convivência.

Parece impossível que um cometa, meteoro ou asteróide nos atinjam assim tão subitamente? Seria mesmo uma bobagem sem tamanho imaginar que algo assim poderia mesmo ocorrer? Claro, afinal nossos astrônomos e pesquisadores saberiam de algo assim muito tempo antes que acontecesse e teriam todas as formas de evitar tal catástrofe, certo? Errado. Vejam a seguir três pequenos exemplos que provam que não estamos sequer minimamente preparados para prever, evitar ou enfrentar algo semelhante, por mais que acreditemos estar.
1- 15/09/2007: o meteorito de Carancas caiu a uma velocidade de três quilômetros por segundo, explodiu no solo e surpreendeu a todos. O povoado de Carancas, no Peru, tem dois mil habitantes e 3,8 mil metros de altitude. Fica perto do famoso Lago Titicaca, na fronteira com a Bolívia. “No dia 15 de setembro de 2007, às 11h45, ouvimos um estrondo. Parecia um terremoto”, conta Maximiliano Trujillo, presidente da comunidade de Carancas. Uma nuvem de poeira se ergueu. Destroços foram lançados a 200 metros e quebraram telhados de várias casas.

2- 04/03/2009: Asteroide de 40 m de diâmetro passa de raspão sobre a Terra. O asteroide DD45, de entre 30 e 40 metros de diâmetro, passou na segunda-feira passada a 60 mil quilômetros do sudeste do Pacífico, sete vezes mais perto que a Lua, para surpresa dos astrônomos, que não esperavam que o meteorito se aproximasse tanto da Terra. "Nenhum objeto desse tamanho ou maior foi observado tão perto da Terra", disse Rob McNaught, cientista do observatório australiano de Siding Spring.

3- 27/10/2009: Um asteróide de cinco a 10 metros de diâmetro explodiu na atmosfera sobre o território da Indonésia com uma potência de 50 quilotons, potência três vezes maior que a da bomba atômica lançada sobre Hiroshima. As informações foram divulgadas nesta terça-feira pela Nasa (agência espacial americana). Ele não tinha sido detectado antes disso.

Como estes, há dezenas de outros fatos correlatos, E se você fizer uma pequena pesquisa sobre isto na internet não ficará desapontado. Além do que, estes poucos dados já nos dão bastante sobre o que pensar, não? Principalmente quando tomamos contato com a realidade de que asteróides e meteoros com significativo poder de destruição não são assim tão fáceis de se identificar: -“Os pequenos a gente só consegue observar quando eles estão muito próximos”, afirma Enos Picazzio, professor do departamento de astronomia da USP. E não se iludam com este “pequenos”, pois não é necessária a queda de um corpo celeste tão avantajado para se instalar o caos planetário.

Os Maias não falam em queda de um corpo celeste sobre a superfície de planeta e sim sobre a passagem de um corpo celeste de proporções avantajadas próximo à atmosfera terrestre, que causará eventos destrutivos em cadeia. E dizem que será difícil evitá-lo, pois este é um fato esperado como fator desencadeante das mudanças necessárias para o momento atual da humanidade.

Vamos todos torcer para que eles estejam errados, para que nada disto aconteça, para que possamos superar as crises humanas a partir de realidades mais suaves e gentis. Mas assim mesmo, olhemos para os céus, atentos e vigilantes... não nos custa nada, certo?
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A SÉTIMA PROFECIA.

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Iniciando a abordagem da sétima profecia Maia, vamos antes nos lembrar de que os Maias nunca anunciaram o fim do planeta ou da vida sobre a Terra, e sim uma mutação, uma transição grandiosa, que eles percebiam se aproximar com o chamado “amanhecer galáctico”. Devemos ter em mente que eles não eram profetas ou visionários, que eram apenas um povo apaixonado pelos astros e seus movimentos, pelos cálculos e pelo tempo, e que buscavam compreender o Universo que nos cerca através de abordagens de medição e interpretação das diversas fases daquilo que chamavam do “dia galáctico”.

E é sobre isso que nos fala a sétima profecia, do momento em que o sistema solar, em seu giro cíclico, sai da noite para entrar no nosso amanhecer dentro da galáxia.

Vamos compreender melhor isso. Nosso sistema solar está situado quase na ponta de um dos inúmeros braços que compõem nossa galáxia, também chamada de Via Láctea. A Via Láctea é uma estrutura constituída por cerca de duzentos bilhões de estrelas, talvez mais, e tem uma massa de cerca de um trilhão e 750 bilhões de massas solares. Sua idade está calculada entre 13 e 14bilhões de anos. Esta galáxia possui um núcleo, um centro, que chamamos de Sol Central, sendo que ao redor dele orbita tudo aquilo que compõe a galáxia, inclusive nós.

O giro do nosso sistema solar em torno deste Sol Central leva cerca de 25.625 anos para acontecer, divididos num dia de aproximadamente 12.800 anos mais uma noite de igual duração. O que acontecerá na data prevista para 21 de Dezembro de 2012 é apenas que estaremos entrando, segundo os Maias, no amanhecer de um novo dia galáctico, visto que teremos nesta data dado uma volta completa ao redor do Sol central, encerrando assim mais uma longa etapa da nossa jornada eterna.

Neste “amanhecer galáctico” (assim como em cada encerramento dos ciclos menores de 5.125 anos) toda a galáxia receberá um “raio de luz” (mais provavelmente um pulso magnético de imensas proporçôes) que pulsa a partir do centro da galáxia e que visa reordenar, realinhar, tudo aquilo que compõe nossa Via Láctea. É como se fosse uma pulsação do coração central deste canto do Universo, que objetivaria manter ordenado, integrado e vivo todo o imenso sistema a que sustenta. O que torna esta data tão especial, aos olhos dos Maias, é o fato dela encerrar a visão de uma nova fase, de uma retomada de caminhada, que deverá se dar a partir dos avanços conquistados pela humanidade em seus estágios anteriores.

Para simplificar, vou usar uma imagem simples: se caminhássemos pela rosca de de um parafuso partindo de um determinado ponto, cada volta completa dele duraria 25.625 anos e, a partir de 21/12/2012, estaríamos dando continuidade ao nosso caminhar em direção ao mesmo objetivo a partir do mesmo ponto do início anterior, só que numa volta acima da rosca, num novo patamar de consciência.

O que procupa a maior parte das pessoas é que os Maias dizem que esta transição deverá trazer para a humanidade o fim de tudo aquilo que não servirá a este novo período, quando as vibrações serão mais elevadas e pedirão de todos que sejam compatíveis com ela ou se retirem. E aí, no cômputo destas vibrações que não irão mais servir, que se encaixam quase todos os nossos hábitos violentos, desrespeitosos e materialistas, de dominação e intransigência.

Segundo os Maias, todo ser humano e todos os sistemas de governo deverão se modificar profundamente, abandonando as práticas predatórias, a promoção das desigualdades, a prática das guerras e do vandalismo ambiental para atender às necessidades deste novo dia que se aproxima.

Porém, todos sabemos o quão dificil seria isso ocorrer sem algum tipo de motivação poderosa, daí o fato de as profecias falarem em grandes catátrofes, em degelo dos polos, em verticalização do eixo planetário, em inversão dos polos magnéticos e outros eventos assim grandiosos, capazes de nos exterminarem em larguíssima escala, deixando aos sobreviventes a consciência vívida e a experimentação real dos amargos resultados da conduta humana imprópria e desarmônica.

Nenhum de nós pode saber até onde eles estariam certos, mas podemos estudar, pesquisar e descobrir: -que as calotas polares estão mesmo derretendo, inclusive mais depressa do que os cientistas previram; - que os polos magnéticos da Terra sempre sofreram inversões e que uma delas está ocorrendo neste exato momento; - que nosso Sol está se preparando para um solar max de vastas proporções, a ocorrer entre o fim de 2011 e início de 2013; - que a magnetosfera do nosso planeta, uma “capa” responsável pelo bloqueio das radiações solares e extra-atmosféricas, está muitíssimo debilitada; - que uma crise econômica global está mais próxima do que se imagina; - que guerras podem estourar a qualquer momento entre vários grupos desta humanidade belicosa e insensível à dor alheia, que segue há milênios profundamente apegada a rótulos onde as palavras nacionalidade, cor e credo (entre outras) são colados sobre tudo e sobre todos, como se não fossemos oriundos da mesma fonte e detentores da mesmíssima humanidade que a todos irmana e que torna cada pessoa estranha a mim apenas “um outro eu”.

Então que se registre que o momento é mesmo delicado, mas que não pede medo, não pede pânico e nem desolação: pede apenas consciência, abertura, confiança no aspecto Divino da vida, respeito e sobretudo AMOR a tudo e a todos que nos cercam. Esta transição virá, em maior ou menor grau, queiramos ou não, e participar dela não será opcional. Mas podemos escolher em que nível de consciência operaremos nos momentos que se aproximam... e assim, que se faça a cada um segundo suas capacidades e suas obras.

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